Coringa: Delírio a Dois chega às salas de cinema em 3 de outubro e, mesmo que diversas imagens já tenham sido divulgadas nos teasers e trailers, a verdade é que o público não sabe muito bem o que esperar da sequência. E ainda bem. A continuação de Coringa, que em 2019 varreu a bilheteria mundial arrecadando mais de US$1 bilhão, tem novamente a direção de Todd Phillips que, desta vez, aposta no musical para contar a história de Arthur Fleck e Arlequina (Harley Quinn).

A chegada ao gênero musical não foi a mais óbvia e direta, como todo bom processo criativo, após o sucesso do primeiro filme, Phillips e Joaquin Phoenix (que ganhou o Oscar de melhor ator por sua performance) não colocaram barreiras à imaginação ao jogarem em cima da mesa todas as ideias que poderiam continuar a história do personagem - a dupla inclusive considerou fazer um "Coringa no Espaço".

Coringa musical

Em um dado momento, a possibilidade de montar um musical, estrelado por Phoenix, que ficasse em cartaz na Broadway, foi bastante considerada, confirma o IndieWire. "Quando nós começamos a realmente pensar sobre isso, nós percebemos que levaria quatro anos para montar algo desse tipo. E será que Joaquin realmente daria seis meses da sua vida para performar todas as noites no palco?", contou Phillips. "E então nós pensamos em fazer no (Teatro) Carlyle, como uma coisa menor. Mas aí a pandemia começou."

cineserie.com.br
Coringa: Delírio a Dois © Warner Bros. Pictures

O elemento musical acabou sendo incorporado na sequência cinematográfica, Coringa: Delíro a Dois. A ideia nunca foi fazer um filme de romance que caísse nos moldes tradicionais e seguros, o instinto de Phillips de arriscar e ousar foi à ideia de ver o Coringa cantando nos palcos. "Por que fazer algo se isso não te assusta para caramba? Eu sou viciado no risco.", conta o diretor. "Quero dizer, ele te mantém acordado de noite. Faz o seu cabelo cair. Mas é o suor que te mantém seguindo em frente."

Em entrevista, Lady Gaga, que dá vida a Arlequina, reiterou a importância da linguagem musical no filme, que fornece outras camadas para a relação de amor entre Coringa e Harley Quinn. "Todd se arriscou muito com todo esse conceito e com o roteiro, dando essa audácia e complexidade para uma sequência de Coringa. Tem música, tem dança, é um drama, e também é também um drama de tribunal, é uma comédia, é feliz, é triste. É um testamento para Todd como diretor, que ele prefere ser criativo do que apenas contar uma história de amor tradicional.", disse a artista.