Mais de 60 anos depois da morte de Edith Piaf, a inteligência artificial (IA) está sendo usada para que a lendária cantora dê voz à própria biografia. Em um anúncio, o Warner Music Group confirmou uma parceria com o espólio de Piaf para Edith. A notícia foi confirmada pelo portal da revista Variety.

Esta não será a primeira biografia sobre Edith Piaf, mas é pioneira no formato de animação. Segundo informado pela gravadora, a versão animada "proporcionará uma visão moderna de sua história, enquanto a inclusão de imagens de arquivo, performances no palco e na TV, filmagens pessoais e entrevistas de TV proporcionarão ao público uma visão autêntica dos momentos significativos da vida de Piaf".

Edith Piaf em IA

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A Warner Music divulgou uma imagem estática da prova de conceito da animação Edith ©Warner Music Group

Mesmo em meio às polêmicas envolvendo o uso de IA, a Warner Music resolveu arriscar. A gravadora informou que, para a produção acontecer dessa forma, houve um treinamento da tecnologia. Isso se deu a partir de centenas de clipes de voz e imagens de Edith Piaf. Deste material, alguns já têm mais de 80 anos. Sem demonstrar receio dessa polêmica questão, a Warner reforçou o uso de IA. Disse que só isso poderá permitir reviver a voz e a imagem da cantora. A justificativa é aumentar "a autenticidade e o impacto emocional de sua história", informou.

A história

Por enquanto há poucas informações sobre o enredo do filme. Sabe-se que a animação Edith será baseada numa ideia original de Julie Veille e escrita por Veille e Gilles Marliac. A produção terá 90 minutos e será ambientada em Paris e Nova York. A história deve se passar entre as décadas de 1920 e 1960 com narração da própria cantora gerada por IA.

No comunicado, o Warner Music Group prometeu como diferecial a revelação de aspectos até então desconhecidos sobre a vida de Piaf. Gravações de suas canções originais serão usadas no filme, incluindo sucessos icônicos como "La Vie en rose" e "Non, je ne arrependimentote rien".