Alguns filmes denunciam os horrores da guerra, outros preferem retratar o impacto na vida desses soldados. Tem aqueles que contam a história de alguma figura heroica ou outros que apenas retratam o cotidiano das pessoas em uma cidade em conflito. São muitas as abordagens possíveis para construir um bom filme de guerra. Para você que está a procura de um guia que possa te auxiliar neste momento de escolha, fizemos uma seleção com alguns dos mais impressionantes filmes de guerra já realizados.

O Filho de Saul (2015)

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O Filho de Saul ©Playtime

Saul é um judeu responsável por limpar as câmaras de gás em Auschwitz. Quando Saul encontra um corpo que parece ser do seu filho, ele fica obcecado pela missão de resgatar o corpo do rapaz e encontrar um rabino para realizar o seu funeral. Vencedor do Prêmio do Júri em Cannes e melhor filme estrangeiro no Oscar, O Filho de Saul é um filme que consegue captar a realidade do holocausto através de uma linguagem que coloca o público como um verdadeiro personagem dentro da trama.

Bastardos Inglórios (2009)

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Bastardos Inglórios ©Universal Pictures

O filme mais ‘Tarantino’ de Quentin Tarantino, Bastardos Inglórios reescreve o passado da Segunda Guerra Mundial através de uma fantasia cinematográfica, que serve de homenagem ao próprio cinema. Com personagens excepcionais e atuações memoráveis, Bastardos Inglórios acompanha um grupo de soldados americanos que tem como missão matar o maior número possível de nazistas que passaram a ocupar a França.

A Lista de Schindler (1993)

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A Lista de Schindler ©Universal Pictures

Baseado em uma história real, na Polônia ocupada pelos alemães, um industrial (Oskar Schindler) membro do partido nazista, está disposto a perder toda a sua fortuna em prol de salvar o maior número possível de judeus dos campos de concentração. Uma das maiores obras de Steven Spielberg, A Lista de Schindler recebeu 7 Oscars em 1994 e alcançou o status de um dos melhores filmes sobre a Segunda Guerra Mundial - apesar de receber algumas críticas pelo grau de sentimentalismo do filme.

Nascido para Matar (1987)

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Nascido para Matar ©Warner Bros.

Passado na Guerra do Vietnã, Nascido para Matar é uma das obras-primas do grande mestre Stanley Kubrick. O filme é dividido em duas partes, a primeira delas é a parte da recruta e treinamento dos soldados norte-americanos pelo fanático sargento R. Lee Ermey. Já a segunda parte, é o campo de batalha, os horrores da guerra e a desumanização desses fuzileiros navais que foram transformados em verdadeiras máquinas de guerra.

Platoon (1986)

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Platoon ©Hemdale

Vencedor de quatro Oscars em 1987, incluindo o de melhor filme e melhor diretor, Platoon é outra grande obra que também aborda os horrores da Guerra do Vietnã, mas de forma extremamente realista e imersiva. O filme dirigido por Oliver Stone acompanha um jovem idealista norte-americano, que se voluntaria para entrar na guerra para defender a honra de seu país e sua família. No entanto, aos poucos este jovem soldado passa a conviver com uma realidade violenta e insana que o faz entrar em uma crise moral.

Apocalypse Now (1979)

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Apocalypse Now ©United Artists

Este é o terceiro filme da lista, que fala sobre a Guerra do Vietnã, mas contém um estilo completamente diferente dos anteriores já citados. Apocalypse Now não é uma obra que pretende recriar os horrores da guerra, mas sim estudar a psique e alma humana quando exposta a um cenário tão extremo. Dirigido por Francis Ford Coppola, o filme conta com atuações memoráveis - como as de Marlon Brando e Martin Sheen - e acompanha a história de um oficial do exército dos EUA que é encarregado de encontrar e matar um coronel enlouquecido que passou a comandar um exército de fanáticos nas selvas do Camboja.

A Batalha de Argel (1966)

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A Batalha de Argel ©Allied Artists Pictures

Poucos filmes servem como um documento oficial para um país. Encomendado pelo governo da Argélia alguns anos após terem conquistado a independência, A Batalha de Argel acompanha a luta entre a Frente de Libertação Nacional contra o exército francês - que mesmo após a independência continuou ocupando o país com as suas forças armadas. O resultado de tudo isso foi um épico revolucionário que foi banido de circulação na França durante um certo período. O filme venceu o Leão de Ouro em Veneza e foi nomeado a três categorias no Oscar de 1969.

Um Condenado à Morte Que Escapou (1956)

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Um Condenado à Morte Que Escapou ©Gaumont

Fontaine, um soldado da Resistência Francesa que foi capturado na Segunda Guerra Mundial tenta escapar de uma prisão nazista na França. Está é a premissa de Um Condenado à Morte Que Escapou, obra-prima de Robert Bresson, que evita qualquer tipo de melodrama e sentimentalismo característico de um filme de guerra. Passado quase por completo dentro de uma prisão nazista, enquanto acompanhamos a minuciosa rotina deste soldado e sua preparação para fuga, Bresson retrata a força espiritual deste homem obstinado em completar a sua missão.

Os Melhores Anos de Nossas Vidas (1946)

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Os Melhores Anos de Nossas Vidas ©RKO

Três veteranos norte-americanos da Segunda Guerra Mundial voltam para a casa, em uma pequena cidade nos Estados Unidos. No reencontro com as suas famílias, os três soldados terão que se readaptar ao novo estilo de vida enquanto carregam os traumas trazidos da guerra. Vencedor de sete das oito indicações que teve ao Oscar em 1947, Os Melhores Anos de Nossas Vidas talvez seja a primeira grande obra do cinema que conseguiu retratar a reabilitação de ex-combatentes no período pós-guerra. Serviu como referência para muitos outros filmes com a mesma temática que foram feitos depois.

Roma, Cidade Aberta (1945)

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Roma, Cidade Aberta ©Minerva Film

Descrito por Martin Scorsese como "o momento mais precioso da história do cinema", Roma, Cidade Aberta, de Roberto Rossellini, é para muitos especialistas o maior filme de guerra de todos os tempos. Obra-prima do neorrealismo, o filme acompanha a resistência do povo italiano - e o seu cotidiano - durante a ocupação nazista em Roma na Segunda Guerra. Histórias populares da realidade social de alguns habitantes de Roma são cruzadas em um filme que se utiliza de cenários reais e um estilo quase documental. Conta ainda com uma atuação transcendente da italiana Anna Magnani, que mais tarde se tornou uma das atrizes mais importantes da história do cinema.