Poucas horas depois de chegar à Netflix, uma série francesa já é um fenômeno na plataforma. Se trata de Antracite, uma produção baseada em uma sórdida história real.
Antracite: a nova série francesa que faz sucesso na Netflix
Apenas 24 horas após sua chegada à Netflix, a série Antracite está entre as mais vistas. Esta minissérie de seis episódios se passa na pequena cidade fictícia de Levionna, nos Alpes. Foi neste cenário nevado que, em 1994, um suicídio coletivo cometido por membros de uma seita chegou às manchetes.
Trinta anos depois, embora muitos mistérios permaneçam em torno desta história, um novo desaparecimento traz de volta os demônios do passado.
A série da Netflix acompanha três pessoas. A primeira é uma policial (Camille Lou). A segunda, uma investigadora 2.0 (Noémie Schmidt) em busca de seu pai. E ainda um jovem delinquente em busca de redenção (Hatik). Enquanto os três tentam descobrir a verdade sobre esses crimes, eventos inexplicáveis mergulham a pequena aldeia no caos.
Inspirações muito reais por trás da série
À frente de Antracite, encontramos a co-criadora de Perfil Criminoso, Fanny Robert, assim como Maxime Berthemy. Ambos são grandes fãs de produções de crimes reais, em particular os da Netflix. Isso foi revelado numa entrevista concedida ao Pure Médias. É, portanto, inteiramente lógico que, na origem do Antracite, existisse uma verdadeira notícia sórdida. Neste caso, a do suicídio coletivo de membros da seita Templo Solar. O caso ocorreu numa floresta do Vercors, em 1995, e deixou 16 mortos, incluindo crianças.
Esta tragédia afetou profundamente os franceses na década de 1990, e em particular o seu criador, que cresceu nos arredores de Grenoble, não muito longe do local. Tal como na série da Netflix, esta seita era liderada por um guru manipulador, que exercia um intenso controle psicológico sobre os seus discípulos, manipulando-os e fazendo-os acreditar que ele era o originador de milagres e profecias.
Além da seita Templo Solar, que inspirou a Seita Écrins da série, os dois criadores também se interessaram pelo fenômeno dos "detetives da web", esses investigadores amadores, que tentam resolver casos criminais sem solução, e juntam tudo na internet, em fóruns como o dos Estados Unidos, onde o mais conhecido deles, o websleuths.com, tem quase 230 mil membros. Esses detetives 2.0 que às vezes conseguem resolver casos arquivados (e outras vezes confundir a polícia), inspiraram a personagem Ida, interpretada por Noémie Schmidt.