Pode ser que a fadiga dos filmes de super-herói e constantes críticas sobre a sua queda de qualidade, particularmente dos efeitos especiais, tenha reverberado dentro da própria Disney. O CEO da empresa, Bob Iger, expressou o seu desejo de diminuir a quantidade de produções da Marvel nos próximos anos, priorizando a qualidade, revelou o IndieWire.

"Nós temos trabalhado duro com o estúdio para reduzir a produção e focar na qualidade", disse Iger durante a revelação dos resultados do 2º trimestre fiscal da Disney. "Isso é particularmente verdadeiro no caso da Marvel."

"Nós vamos lentamente diminuir o volume e, provavelmente, lançar duas séries por ano, ao invés do que se transformou em quatro, e reduzir a nossa produção de filmes de quatro por ano para dois - no máximo três", afirmou Iger sobre os planos para o futuro.

A pergunta que não quer calar: mas qual o tipo de produções a Disney pretende lançar? Pela fala de Iger, a empresa quer buscar um equilíbrio, diversificando e também apostando em conteúdos que já existem e, em teoria, têm um público garantido. "Nós vamos equilibrar sequências com originais, principalmente em animação. Nós tivemos um período em que nossos filmes de animações originais, da Disney e da Pixar, estavam dominando. Agora nós estamos nos voltando mais para as sequências.", disse o CEO.

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Lançamentos futuros

Além de Madame Teia, que estreou no início do ano, para 2024 três títulos da Marvel (dois dos quais são continuações) têm previsão de estreia nos cinemas: Deadpool & Wolverine (26 de julho), Venom 3 (outubro) e Kraven: O Caçador (13 de dezembro). A quantidade de séries é ainda maior: X-Men ’97 (março), Agatha (19 de setembro), Your Friendly Neighborhood Spider-Man (2 de novembro), Eyes of Wakanda e Marvel Zombies.

E em 2025? Iger disse que têm "alguns bons filmes para (2025), e então vamos para mais Vingadores, o que nos deixa extremamente animados". No ano que vem, a Marvel pretende lançar os filmes Thunderbolts, Quarteto Fantástico e Blade e as séries Daredevil: Born Again, Capitão América: Brave New World e Coração de Ferro.

Quanto às animações, estão planejadas continuações de Toy Story, Divertida Mente, Zootopia, Moana (live-action e animação), Frozen, e Os Caras Malvados.

Parece que ainda não é possível notar muito o equilíbrio entre originais e sequências que foi comentado, não é? "Eu acho que agora, dada a competição e o mercado cinematográfico em geral, na verdade existe um grande valor nas sequências, obviamente porque já são conhecidas e demandam menos marketing", disse Iger.